sábado, 4 de julho de 2009

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FIFA REPREENDE COMEMORAÇÃO RELIGIOSA DO BRASIL NA ÁFRICA.
A comemoração do Brasil pelo título da Copa das Confederações, na África do Sul, e o comportamento dos jogadores após a vitória sobre os Estados Unidos causaram polêmica na Europa. A queixa é de que a seleção estaria usando o futebol como palco para a religião. A Fifa confirmou à Agência Estado que mandou um alerta à CBF pedindo moderação na atitude dos jogadores mais religiosos mas indicou que por enquanto não puniria os atletas, já que a manifestação ocorreu após o apito final.
Ao final do jogo contra os EUA, os jogadores da seleção brasileira fizeram uma roda no centro do campo e rezaram. A Associação Dinamarquesa de Futebol é uma das que não estão satisfeitas com a Fifa e quer posição mais firme. Pede punições para evitar que isso volte a ocorrer.
Com centenas de jogadores africanos, vários países europeus temem que a falta de uma punição por parte da Fifa abra caminho para extremismos religiosos e que o comportamento dos brasileiros seja repetido por muçulmanos que estão em vários clubes da Europa. Tanto a Fifa quanto os europeus concordam que não querem que o futebol se transforme em um palco para disputas religiosas, um tema sensível em várias partes do mundo. Mas, por enquanto, a Fifa não ousa punir o Brasil.
"A religião não tem lugar no futebol", afirmou Jim Stjerne Hansen, diretor da Associação Dinamarquesa. Para ele, a oração promovida pelos brasileiros em campo foi "exagerada". "Misturar religião e esporte daquela maneira foi quase criar um evento religioso em si. Da mesma forma que não podemos deixar a política entrar no futebol, a religião também precisa ficar fora", disse o dirigente ao jornal Politiken, da Dinamarca. À Agência Estado, a entidade confirmou que espera que a Fifa tome "providências" e que busca apoio de outras associações.
As regras da Fifa de fato impedem mensagens políticas ou religiosas em campo. A entidade prevê punições em casos de descumprimento. Por enquanto, a Fifa não tomou nenhuma decisão e insiste que a manifestação religiosa apenas ocorreu após a partida. Essa não é a primeira vez que o tema causa polêmica. Ao fim da Copa do Mundo de 2002, a comemoração do pentacampeonato brasileiro foi repleta de mensagens religiosas.
A Fifa mostrou seu desagrado na época. Mas disse que não teria como impedir a equipe que acabara de se sagrar campeã do mundo de comemorar à sua maneira. A entidade diz que está "monitorando" a situação. E confirma que "alertou a CBF sobre os procedimentos relevantes sobre o assunto". A Fifa alega que, no caso da final da Copa das Confederações, o ato dos brasileiros de se reunir para rezar ocorreu só após o apito final. E as leis apenas falam da situação em jogo.
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Opinião do blogueiro:
No meu ponto de vista, como cidadão e como torcedor, penso que a reação da FIFA foi totalmente fora de propósito. A manifestação apresentada após o título da copa das confederações, foi uma manifestação de fé e agradecimento ao nosso Senhor Jesus Cristo. Que mal há nisso?

Estão confundindo alhos com bugalhos! Pois, nitidamente, em nenhum momento sequer passou a mínima impressão de estar havendo uma incitação contra outra religião (como naquele caso das charges de Maomé).

Logo a FIFA não poderia e nem pode querer impedir isso! Alegam que houve excessos. Mas aí eu pergunto: Excesso de que? O que eu vi, foi apenas uma oração feita no centro do gramado com (acho) todos os jogadores e comissão técnica e algumas camisas com mensagens de exaltação ao nome que está sobre todo nome.

Os homens da Federação Internacional foram de uma insensibilidade gritante, uma vez que naquele momento os jogadores estavam comemorando o êxito de um projeto, e nada mais natural que cada um possa expressar do jeito que bem entender, desde, claro, que não haja provocação a ninguém.

Eu sei que essa repreensão tem a ver com o fato de o mundo estar vivendo uma intolerância religiosa muito grande, e que não devemos ignorar a este fato. Mas isso não pode impedir que as pessoas continuem demonstrando sua fé. Lembro-me que nesse campeonato o time do Egito comemorava gols e vitórias se ajoelhando coletivamente, nunca clara referência que estavam adorando aos seus deuses. Não vi a FIFA se pronunciar a respeito. Também não vi ninguém se sentir ofendido com isso.

Portanto, creio que a FIFA deva ficar atenta as manifestações de qualquer espécie, quando estas ocorrem na esfera futebolística, mas deve ter o entendimento de que existe uma liberdade religiosa e que precisa ser integralmente respeitada, salvo nos casos de provocação, porque senão vai ficar parecendo coisa de tirania e isso não vai ser legal pra ninguém.

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